Classes virtuelles et inégalités à l’école primaire en France

Conteúdo do artigo principal

Oriane gelin
Laure Sochala
Christophe Joigneaux

Resumo

Pendant la pandémie du Covid, nous avons observé les pratiques de 15 enseignants exerçant dans des écoles primaires en France, à la fois dans leurs classes, environnement classique dans lequel élèves et enseignant partagent le même espace, et dans des classes virtuelles dans lesquelles ces derniers ne pouvaient se voir et s’entendre qu’au moyen d’écrans. Nous avons ainsi cherché à mieux comprendre pourquoi les inégalités d’apprentissages entre les plus jeunes élèves se sont généralement accrues durant cette période, ce qu’ont mis en lumière les études statistiques qui ont comparé les apprentissages réalisés avant et après la pandémie. De ce point de vue, les analyses des interactions observées entre les élèves et les enseignants que nous avons enquêtés suggèrent que les classes virtuelles n’offrent pas les mêmes ressources sémiotiques que les classes physiques dans la mesure où ce moyen d’enseignement et de communication met en scène des individus positionnés dans une multitude d’espaces physiques et numériques, ce qui réduit le champ de perception visuel commun. Ceci a pour conséquence de réduire les possibilités d’observation par les enseignants des activités de leurs élèves et, réciproquement, la perception par ces derniers du langage corporel de leur maitre. Autant de facteurs qui rendent plus compliquée l’aide aux apprentissages que peuvent apporter les enseignants à leurs élèves et qui peuvent donc contribuer à expliquer pourquoi, pendant la pandémie, les inégalités scolaires d’apprentissage se sont creusées en France… et sans doute dans d’autres pays qui ont connu des périodes de confinement durant cette période, comme le Brésil.


Durante a pandemia da Covid, observamos as práticas de 15 professores que trabalhavam em escolas primárias na França, tanto em um ambiente de sala de aula tradicional, no qual eles estavam presentes no mesmo espaço físico que seus alunos, quanto em salas de aula virtuais, nas quais esses professores e alunos só podiam ver e ouvir uns aos outros por meio de telas. Portanto, procuramos entender melhor por que as desigualdades de aprendizado entre os alunos mais jovens, geralmente, aumentaram durante esse período, conforme destacado pelos estudos estatísticos que compararam o aprendizado obtido antes e depois da pandemia. Desse ponto de vista, as análises das interações observadas entre os alunos e os professores que pesquisamos sugerem que as aulas virtuais não oferecem os mesmos recursos semióticos que as aulas físicas, na medida em que esse meio de ensino e comunicação envolve indivíduos posicionados em uma infinidade de espaços físicos e digitais, o que reduz o campo visual comum de percepção. Como resultado, os professores têm menos condições de observar as atividades de seus alunos, e, por outro lado, os alunos têm menos condições de perceber a linguagem corporal do professor. Todos esses fatores tornam mais difícil para os professores ajudarem seus alunos a aprender e, portanto, podem ajudar a explicar por que, durante a pandemia, as desigualdades na aprendizagem escolar aumentaram na França... e, sem dúvida, em outros países que passaram por períodos de confinamento durante a pandemia, como o Brasil.

Detalhes do artigo

Como Citar
gelin, O., Sochala, L., & Joigneaux , C. (2025). Classes virtuelles et inégalités à l’école primaire en France . Educação On-Line, 20(48), e252048FSP09. https://doi.org/10.36556/eol.v20i48.2018
Seção
Desigualdades socioespaciais, desafios e perspectivas educacionais na Pandemia de Covid-19
Biografia do Autor

Oriane gelin, Universidade de Lille, França

Titulação: doutoranda em ciências da educação, área de investigação

Área de pesquisa: desigualdades linguísticas na pré-escola

Laure Sochala, Université Paris-Est Créteil (Upec), França

Titulação:

Função atual:

Área de pesquisa:

Christophe Joigneaux , Université de Lille, França

Titulação:

Função atual:

Área de pesquisa: