Música erudita na periferia: outras formas de musicar, ensinar e escrever
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Resumo
Neste artigo, reporto-me à minha pesquisa junto a uma família de músicos da periferia de Fortaleza, que organiza um projeto social de ensino musical em sua própria casa. Refletindo sobre aspectos surgidos em campo, procuro tratar desse fazer musical sem reiterar os pares de oposição que frequentemente ordenam nossas investigações sobre fazeres artísticos (erudito/popular, formal/informal, dentre outros).Discuto a etnografia dos “afetos musicais” como uma forma de abordar a relação dessa família e dos demais que frequentam o projeto em que ensinam, com a prática musical erudita e, de forma mais ampla, com a música, entendendo-a nos termos de DeNora (2000) enquanto uma “estrutura propiciadora”. Dessa maneira, distanciando as análises antropológicas do objeto musical propriamente dito, ilumino aspectos outros do cotidiano desses sujeitos que estão intimamente relacionados com os musicares que são elaborados e ensinados naquela casa-escola.
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